Mesmo em meio a uma instabilidade econômica, o mercado imobiliário de Niterói ainda se destaca. Os bairros de Itacoatiara, Gragoatá e São Francisco tiveram uma valorização superior a 3%. No caso de coberturas, os índices são ainda mais interessantes, como no caso de Camboinhas, com uma alta que varia em até 6% no preço do metro quadrado no último ano.
É o que revela o “Cenário do Mercado Imobiliário de Niterói 2017”, pesquisa elaborada pelo Secovi Rio com informações de quase 30 bairros, sobre condomínios, compra, venda e locação de imóveis residenciais e comerciais. Além de índices socioeconômicos do município e uma análise especial sobre ruas do Centro e da Zona Sul niteroienses.
O estudo será apresentado no próximo dia 24 de outubro, a partir das 8h30, na sede da Ademi Niterói, em São Domingos. O Secovi Rio é um sindicato patronal que atua desde 1942 na defesa dos interesses do setor da habitação, representando legalmente 35 mil condomínios comerciais, residenciais e mistos, além de 6,1 mil administradoras e imobiliárias em todo o território fluminense.
“Esse material é uma análise de coleta de dados recolhidos do mercado. É importante para obtenção de números isentos, para analisar tendências e ter uma noção real que sirva para tomada de decisão. Seja para investir, alugar, construir, é uma informação útil para todos. Um estudo que a gente já realiza há alguns anos através do nosso setor de estatísticas”, explica Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.
Com quase 500 mil habitantes e 52 bairros reunidos em cinco regiões, a cidade oferece imóveis com preços mais convidativos que os praticados no Rio: o valor médio do metro quadrado de venda de apartamento na terra de Araribóia (R$ 6.881) é 32% mais baixo que o da cidade vizinha (R$ 9.093). Para locação, a diferença é ainda maior, em Niterói o preço médio é de R$ 19,70, ou seja, 128% menor que o praticado em solo carioca.
A cidade também ostenta o mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Estado do Rio e o sétimo maior entre todos os municípios do Brasil. A qualidade de vida é o que vem atraindo compradores e inquilinos, e os preços aos poucos vão refletindo essa tendência, apesar do cenário econômico ainda frágil.
“O mercado como um todo tem passado por um período delicado, reflexo da instabilidade econômica do país. Niterói acaba sendo uma alternativa a cidade do Rio de Janeiro, que sofre ainda mais com a crise econômica e política, e também pela questão da violência. Assim a cidade acaba sendo uma ótima opção para quem quer fugir desse desgaste. Fora os próprios empreendimentos de qualidade, a infraestrutura que tem melhorado muito com a TransOceânica e revitalização do Centro. Tudo isso contribui para que a cidade não sofra tanto nesse período tão complicado, inclusive tendo algumas áreas se valorizando. Isso é o que a gente vai explicar ainda mais detalhadamente no lançamento desse material”, ressalta Schneider.
Fonte: O Fluminense